Na criança cearense, muito sonho e projeção
Ser agrônomo nordestino, Irrigar todo o sertão
Salvar a gente da sede, da fome e desnutrição
Lutar no Jequitinhonha tirar do pobre a aflição
Trabalhar na Amazônia conter a devastação
Proteger a natureza com a força do coração.

No Ceará plantou  milho, em Minas plantou feijão
No Acre plantou borracha, colheu em Rondônia ilusão.
Na Amazônia fez com o Sul a primeira relação
Trabalhando com seus pobres numa colonização.
Voltou com eles p’ro sul depois da desilusão.

Seguiu para o Paraná p’ra ter a primeira lição
Conhecer a araucária, a gralha e o chimarrão
Mas foi mesmo no Rio Grande que bateu a emoção
Voltou toda a esperança, todo sonho e ilusão
Foi ali que a erva-mate ganhou o seu coração

Culturalmente tão forte,  sendo uma espécie nativa
Que une os povos do sul e facilita a tratativa
Exigiu que a pesquisa fosse participativa
Daí p'ro prêmio um salto de forma qualitativa

Ao final agradecemos aos parceiros desta luta
Ao Ilvandro da Camol e ao caro Sérgio da URI
Aos produtores Gaúchos representados no Alécio
Obrigado finalmente ao nosso Jornal do Comércio

Obs. Preparado para ser falado durante a solenida do Prêmio Futuro da Terra pelo trabalho realizado pelo grupo de pesquisadores da Embrapa e URI, dos extensionistas rurais da Emater - RS e da Cooperativa Agricola Mista Ourense Ltda. CAMOL.