GAUCHENSE
Da caatinga ao espinilho
Das campinas ao sertão
Do Ceará eu sou filho
Do gaúcho sou irmão
Mulher bonita e donzela
Pingo bom e marchador
Formam uma pintura bela
Que alimentam meu amor
Arranco os dois da tela
Com a força do coração
Seguimos eu, nosso pingo e ela
Pelas coxilhas em canção
Em todo lugar que chego
Danço um belo vaneirão
A depender do aconchego
Danço xaxado e baião
No velho galpão crioulo
Carne de sol, chimarrão.
Churrasco, pão e miolo.
Melhor que isso? Tem não!
Dormir em rede é “bão”.
Cavalgar com bom pelego é demais!
Uma é feita de algodão
O outro de animais
Sendo vaqueiro ou gaúcho
Estou sempre arrumado
Com vestimenta de luxo
Encouraçado ou pilchado.
Com chapéu de couro e gibão
Sou cabra que não choraminga
De espinho não corro não.
Sou o rei da caatinga.
De cinto apertando o bucho
Com guaiaca e com punhal
Sou verdadeiro gaúcho
e enfrento todo e qualquer mal.
MOACIR MEDRADO
Enviado por MOACIR MEDRADO em 26/11/2013
Alterado em 27/03/2025