GAUCHENSE
Da caatinga ao espinilho
Das campinas ao sertão
Do Ceará eu sou filho
Do gaúcho sou irmão
Visto de renda minha prenda
Encilho meu garanhão
Mando-me pelas cochilhas
Nas trilhas do coração
Pingo bom e marchador
Mulher gostosa e donzela
Tiram toda minha dor
Põe-me sebo na canela
Em todo lugar que chego
Danço um belo vaneirão
A depender do aconchego
Danço xaxado e baião
No velho galpão crioulo
Carne de sol, chimarrão.
Churrasco, pão e miolo.
Melhor que isso? Tem não!
Dormir em rede é “bão”.
Em pelego é demais
Uma é feita de algodão
O outro de animais
Sou vaqueiro ou sou gaúcho
Me encouraço ou me piucho
Saibam com toda certeza
Qualquer dos dois é um luxo
De cinto apertando o bucho
Com guaiaca e com punhal
Sou verdadeiro gaúcho
E também cearense legal
MOACIR MEDRADO
Enviado por MOACIR MEDRADO em 26/11/2013