A sós, pela primeira vez em nossas vidas
Não sabia bem quem eras, nem de onde vinhas
Sabia apenas que eras alguém acostumada a grandes lidas
A sua imagem, no entanto, traduzia a dor que tinhas

Corpo frágil e olhos me mirando
Corpo semi-exposto e olhos me chamando
Corpo quente e olhos se fechando
Corpo se rendendo e olhos se assustando

Acompanhados pelo medo fugimos
Ao gosto de teu beijo minha boca se rendia
Em lugar seguro nos sentimos
Ao toque de meus lábios teu corpo estremecia

Súbito calor e vontade imensa explodiam
Tua intimidade buscava loucamente
Em ti, tristeza e vergonha emergiam
Dei-te colo, beijos amei-te loucamente

Fugistes, sentastes ao chão como um animalzinho indefeso
Arrependida, lacrimejante, desprotegida
Por fim, corpo seu ileso
Marca profunda em minha vida