MOACIR MEDRADO - MOGA
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Resenha sobre o artigo “Aptidão edafoclimática para o mogno africano no Brasil[1]

 

Resumo do Artigo O estudo de Casaroli et al (2018) avalia as regiões brasileiras com maior aptidão edafoclimática para o cultivo de mogno-africano (Khaya ivorensis). Utilizando variáveis climáticas, como temperatura e precipitação, e tipos de solo similares aos encontrados na região de origem da planta na África Ocidental, os autores estabeleceram critérios para identificar áreas aptas, restritas e inaptas para o cultivo. Com base nos dados, 55,62% do Brasil é considerado apto, com maiores concentrações nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, enquanto o Sul do país apresentou limitações térmicas.

 

Objetivos O objetivo foi identificar zonas no Brasil adequadas para o cultivo de mogno-africano, considerando as condições ideais de temperatura (entre 23°C e 29°C) e precipitação (830 a 3.000 mm anuais), além de solos característicos da espécie. Este trabalho busca apoiar o planejamento de cultivos florestais e reduzir riscos.

 

Metodologia Os pesquisadores utilizaram o sistema de informação geográfica (SIG) e interpolação por Krigagem Ordinária para gerar mapas climáticos e de solo do Brasil, baseados nas condições edafoclimáticas africanas. Foram aplicados testes estatísticos, como o coeficiente de correlação de Pearson, para validar o modelo.

 

Resultados Os resultados indicaram que a maioria das áreas brasileiras apresenta condições edafoclimáticas favoráveis para o mogno-africano. As regiões Norte e Centro-Oeste possuem grande aptidão, enquanto o Sul mostrou-se menos adequado devido às baixas temperaturas, o que pode limitar o crescimento da espécie.

 

Conclusão O artigo conclui que o Brasil possui uma vasta área com potencial para o cultivo de mogno-africano, especialmente em regiões de clima tropical e solos profundos e bem drenados. A pesquisa ressalta a importância de estudos de campo adicionais para confirmar os resultados e orientar o manejo florestal.

 

Avaliação Crítica Este estudo é relevante para a silvicultura brasileira, pois fornece um panorama detalhado das condições edafoclimáticas ideais para o mogno-africano. A abordagem metodológica é robusta e bem fundamentada, combinando análises climáticas e edáficas com o uso de SIG. No entanto, o artigo poderia se beneficiar de uma análise mais detalhada dos impactos de possíveis mudanças climáticas no cultivo da espécie a longo prazo.

 

CASAROLI, et al. Aptidão edafoclimática para o mogno-africano no Brasil. Ciência Florestal, Santa Maria, v.28, n.1, p. 357-368, mar., 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cflo/a/JWGPGNz66SgCpbFwmvfY7Qc/?format=pdf&lang=pt Acessado em 13 de novembro de 2024

 


[1] Elaborada por Moacir José Sales Medrado.

 

MOACIR MEDRADO
Enviado por MOACIR MEDRADO em 13/11/2024
Alterado em 13/11/2024
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