MOACIR MEDRADO - MOGA
Um pouco do que tenho sido além do físico
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CANTOS DO BRASIL: BAIÃO DAS AVES

Moacir José Sales Medrado[1]

 

Na sombra canta o Uirapuru.

Seu som encanta a mata azul.

A cor do Galo-da-serra é linda

No macho a cor laranja domina.

 

A Arara-azul risca o céu,

Voa em dueto, lindo papel.

O Jacamim, com passo nobre,

Caminha calmo, discreto e pobre.

 

[Refrão]

De canto em canto eu vou,

Das aves trago o louvor,

Carregado de emoção

Expressada nesta canção.

 

O Sabiá faz madrugar,

Com sua voz a encantar.

O Tucano, bico colorido,

Colore um quadro bonito.

 

Lá vem a Araponga a soar,

Martelo forte a ecoar.

E o Curió, com precisão,

Entoa a mais bela canção.

 

A Seriema grita no chão,

Corre ligeira sem direção.

O Canário é sol a brilhar,

Seu canto é festa no ar.

 

O Bigodinho, com som veloz,

Traz sua graça na pouca voz.

O Pássaro-preto, de canto coral,

Faz algazarra sem ter igual.

 

O Corrupião, rei do imitar,

Mil sons diferentes vai copiar.

E o Azulão, num tom profundo,

Encanta os campos num segundo.

 

A Asa-branca foge da dor,

Mas volta com a chuva e a flor.

O Cancão faz festa sem parar,

Brinca no galho, sem descansar.

 

O Galo-de-campina, rubro sinal,

Colore o árido regional.

E o Corrupião, aqui também,

Traz seu canto que me fez refém.

 

O Tuiuiú, com seu olhar,

Vigia as águas, antes de repousar.

O Anu-preto, com seus irmãos,

Brinca no voo, risos de montão.

 

O Colhereiro, cor de flamingo e bico colher,

Peneira nas águas o alimento que quer.

E a Garça-branca, de passo gentil,

Desliza elegante no Pantanal sutil.

 

O Cardeal, com peito em brasão,

Canta orgulhoso, dono do chão.

O Quero-quero, sentinela a gritar,

Defende o ninho, pronto a lutar.

 

A Corruíra, com casa pequena,

Faz sua obra com arte e pena.

E o Pintassilgo, leve a voar,

Com salto e canto vai encantar.

 

Na mata, no campo, na beira do chão,

Vêm os cantores da inspiração:

Curió, azulão, com voz de amor,

Corrupião, Canário, de tom encantador.

 

O Bigodinho, com seu trinado,

Faz do silêncio um som marcado.

Todos em couro, sem prisão,

Cantam a vida, com devoção.

 

[Refrão Final]

As aves nos dão a música e a cor.

Seus cantos? alimentos pro amor.

Na floresta colorem copa e chão,

Na música, fonte para esta bela canção!

 

As aves nos dão a música e a cor.

Seus cantos? alimentos pro amor.

Na floresta colorem copa e chão,

Na música, fonte para esta bela canção

 

 


[1] Engenheiro Agrônomo (UFCE), Especialista em Planejamento Agrícola (SUDAM/SEPLAN – Ministério da Agricultura), Pesquisador Sênior em Sistemas Agroflorestais (EMBRAPA – aposentado), Doutor em Agronomia (ESALQ/USP).

 

MOACIR MEDRADO
Enviado por MOACIR MEDRADO em 15/06/2025
Alterado em 15/06/2025
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